O Centro de Estudos Desenvolvimento, Educação, Cultura e Social, sediado na Calheta, Ilha da Madeira, tem desenvolvido vários projetos de divulgação da cultura madeirense nos suas diversas expressões e âmbitos, dentro e fora Região.
Neste momento, estamos a realizar um novo projeto à escala mundial na promoção da cultura madeirense. Este projecto começa com a intitulada “A volta ao mundo com o Feiticeiro da Calheta”, onde inclui uma exposição, uma apresentação de um livro, acompanhados de um instrumento musical, o manchete ( madeirense) é concertos. Quando ao instrumento musical que tem grande relevância por representar a presença e influência do povo madeirense no mundo, dado que o mesmo foi introduzido nas comunidades da diáspora pelos emigrantes, como é o caso muito especial do Hawai. Comemora-se este ano 145 anos da chegada dos primeiros madeirenses ao Hawai, que levaram consigo o manchete, que deu origem mais tarde ao atual ukelele.
O projeto “A volta ao Mundo com o Feiticeiro da Calheta” contém uma exposição com as ilustrações do livro infanto-juvenil “O Feiticeiro da Calheta”, traçados pela filha de emigrantes, a ilustradora Rafaela Rodrigues e onde acompanha um texto de Eugénio Perregil, dedicado ao criador da letra e música “Bailinho da Madeira”, João Gomes de Sousa, mais conhecido por Feiticeiro da Calheta.
A acompanhar a exposição foi criado de propósito uma réplica de um machete igual aquele trazido pelos emigrantes em 1879 para Hawai e foi concebido pelo mestre Carlos Jorge e pintado pela ilustradora Rafaela Rodrigues, no qual se faz também uma homenagem aos emigrantes madeirenses espalhados pelo mundo.
Os emigrantes para além de levarem a gastronomia, os usos e costumes e as tradições, os emigrantes levaram também consigo os instrumentos tradicionais madeirenses sendo conhecidos por Cordofones Madeirenses.
A música foi uma forma de união e de ligação às origens e uma forma de congregação dos madeirenses nas diversas comunidades espalhadas pelo mundo, como forma de ânimo e de convívio e encontro quer nas alegrias, quer nas tristezas.
Em resumo, com este projecto pretendemos divulgar a verdadeira história da origem do “ukelele”, a cultura madeirense e também os madeirenses que atualmente se têm destacado nas diversas áreas na diáspora onde estão inseridos, promovendo também o seu trabalho.
Esta primeira fase deste projecto que começa agora em 2023, está agendado o seu término para 2025, na Madeira, onde se prevê a realização de um encontro mundial com 50 embaixadores, no qual será inaugurada a exposição e a realização de um festival.